Já ouviu falar em retinopatia da prematuridade? Essa patologia costuma afetar bebês que nasceram antes das 31 semanas de gestação e também aqueles que precisam ficar na UTI neonatal por longos períodos.
Descubra aqui suas causas e como ocorre o tratamento dessa doença.
Retinopatia da prematuridade
A retinopatia da prematuridade ou ROP é uma doença que afeta a retina dos recém-nascidos prematuros. Ocorre quando há vascularização inadequada nos olhos desses bebês.
A retina é uma membrana localizada na parte posterior do olho, sendo responsável pela definição das imagens e pela visão. Seus vasos sanguíneos se completam com 32 semanas de gestação e as outras células da sua composição se completam com 40 semanas.
Portanto, quando o bebê nasce prematuro, com menos de 32 semanas de gestação e menos de 1500 gramas, pode ocorrer a interrupção da formação natural da vascularização da retina.
Além do fator prematuridade, existe uma predisposição genética e também o risco de uso de oxigênio nas UTIs neonatais. Esses fatores podem causar desorganização da formação desses vasos sanguíneos, aumentando a chance do surgimento da retinopatia nos bebês que precisam desse recurso.
Os sintomas da retinopatia da prematuridade não são muito aparentes. Mas pode causar miopia, astigmatismo, glaucoma, descolamento de retina, nistagmo, estrabismo, diplopia, ambliopia ou mesmo cegueira.
Assim, o exame oftalmológico deve ser feito nos prematuros para detectar as alterações e proceder com o tratamento o mais precocemente possível.
Cuidados de enfermagem e tratamento
O tratamento deve ser iniciado logo após o diagnóstico do problema para impedir o desenvolvimento de cegueira.
Nos estágios mais leves da doença, às vezes não é necessário fazer tratamento, já que o problema regride sozinho, com o crescimento do bebê e de novos vasos sanguíneos na retina.
Os estágios mais avançados exigem tratamento, para que a cegueira seja evitada. Algumas das opções são:
- Cirurgia a laser: aplicação de raios laser dentro do olho, nas áreas afetadas da retina periférica, impedindo o crescimento anormal de vasos sanguíneos. É a forma de tratamento mais utilizada quando a retinopatia é diagnosticada precocemente.
- Medicações antiangiogênicos: remédios aplicados dentro do olho para bloquear a formação de novos vasos sanguíneos desorganizados.
- Faixa cirúrgica: é colocada em volta do globo ocular para permitir que a retina permaneça no lugar certo. Usada em casos avançados de retinopatia prematura, quando a retina começa a descolar do fundo do olho.
- Vitrectomia: é uma cirurgia para descolamento da retina, serve para retirar o gel vítreo que está no interior do olho e substituí-lo por uma substância transparente, geralmente gás ou líquido. Utilizada apenas nos casos mais graves do problema.
Mesmo tratando, alguns pacientes podem apresentar problemas leves de visão posteriormente.
Dessa forma, a prevenção é a melhor forma de impedir maiores complicações visuais para os bebês. Medidas como consultas oftalmológicas para exame e acompanhamento dos prematuros e triagem de todos os bebês dentro do perfil de risco, ou seja, internados em UTI neonatal há mais tempo são eficazes.
A doença tem cura, desde que o diagnóstico seja precoce e logo se inicie o tratamento.
Ainda em dúvida sobre a retinopatia de prematuridade? Envia para a gente ou deixe nos comentários e te ajudaremos a desvendá-la!