O daltonismo é uma doença ocular hereditária e genética ligada ao cromossomo X. Ela atinge principalmente homens, pois eles têm dois desses genes.
Geralmente, a percepção do daltônico é alterada na identificação das cores verde, vermelho e azul. Por isso, também é chamada de discromatopsia, deficiência ou ainda cegueira de cores
Quer saber mais? Entenda como funciona a visão dos daltônicos.
O que é o daltonismo?
Identificar as sete cores do arco-íris, diferenciar uma fruta verde de uma madura, quando bem vermelha, saber quando um aparelho elétrico está ligado ou não ao emitir sinais verdes ou vermelhos, esperar a luz verde do semáforo para atravessar a rua, distinguir um molho de ketchup de uma calda de chocolate são dificuldades que enfrentam uma pessoa daltônica.
O daltonismo é um distúrbio na visão que incapacita a pessoa de distinguir certas cores, variando em cada um os sintomas e os tipos.
Por ser uma anomalia genética, é uma doença que geralmente nasce com o portador e, nesse caso, não há cura.
Se for causada por outra condição, como doenças no olho, uso de medicamentos sem controle, exposição a alguns produtos químicos ou envelhecimento do organismo, existem alguns tratamentos para estabilizar ou regredir o problema.
Como ocorre a doença?
Dentro do olho fica a retina, que possui dois tipos de células sensíveis à luminosidade: os cones e os bastonetes. Nela, as imagens são formadas e, posteriormente, transmitidas ao cérebro por meio do nervo óptico.
Os bastonetes são responsáveis pela visão noturna e não são sensíveis à diferenciação de cor. Já os cones cuidam da visão diurna e da percepção das cores.
Uma pessoa é considerada daltônica quando não tem cones suficientes para identificar as cores, principalmente verde, vermelho, azul e suas derivações.
Quais os tipos de daltonismo?
O daltonismo é uma deficiência visual caracterizada por três tipos. Eles são classificados de acordo com a gravidade em distinguir um determinado conjunto de cores. O diagnóstico deve ser pelo médico oftalmologista.
Existem testes simples que permitem detectar o daltonismo e consistem, basicamente, em um conjunto de pontos coloridos de diferentes tamanhos e intensidades com numerais ao centro, de cor diferente da que é predominante no todo. A pessoa com visão normal e os daltônicos enxergam figuras distintas.
A doença se apresenta das seguintes formas:
Protanopia
O portador não possui um receptor de cor vermelha, ou seja, a anomalia é caracterizada pela diminuição ou ausência do pigmento vermelho, enxergando tons de marrom, verde ou cinza em seu lugar.
Ela varia de acordo com a quantidade de pigmentos vermelho do objetivo focado. A tendência é que o verde pareça vermelho, tipo sépia ou desbotado, enquanto o azul e o amarelo permanecem inalterados.
Deuteranopia
O tipo mais comum da doença. Nesse caso, o daltônico não enxerga a cor verde. Os tons vistos são mais próximos do marrom. Quando o portador olha uma árvore, ele enxerga apenas uma cor, não diferenciando os tons entre tronco e folhas.
Tritanopia
A pessoa possui uma leve dificuldade em distinguir as cores azul e amarelo. Ela tem todos os receptores, mas estes não funcionam bem. O amarelo é enxergado como rosa-claro e o laranja desaparece. É uma forma muito rara da doença que afeta homens e mulheres em um grau igualmente pequeno.
Como conviver com o daltonismo?
Algumas medidas melhoram as limitações de visão dos portadores dessa doença, dentre elas:
- Uso de certos tipos de óculos e lentes de contato especiais, que agem de forma seletiva quanto à passagem de luz, auxiliando a percepção e distinção de cores semelhantes.
- Acessórios feitos de filtros coloridos que permitem distinguir as cores ao olhar através deles.
- Crianças em idade escolar apresentam as primeiras dificuldades com cores ao lidar com desenhos e mapas. Por isso, as escolas e os pais podem promover alterações nos materiais, como nome das cores gravadas nos lápis, para facilitar sua identificação.
- Para dirigir, o daltônico consegue associar a posição e cores das luzes do semáforo e assimilar seu significado.
O daltonismo não é uma doença grave, mas exige adaptações para evitar dificuldades e constrangimentos aos portadores. São muitas as possibilidades de integração e adaptação à sociedade.
Se você enfrenta essa doença ou se identificou com alguns desses sintomas, agende sua consulta com um de nossos especialista!
Caso tenha mais dúvidas, deixe um comentário que iremos te ajudar.