Assim como a maioria das doenças oculares, corrigir o estrabismo ainda no seu início é importante para garantir melhor qualidade de vida.
Pensando nisso, decidimos esclarecer como ocorre o estrabismo infantil e de que forma você pode identificá-lo.
O que é estrabismo?
O estrabismo caracteriza-se por um desequilíbrio na função dos músculos oculares, fazendo com que os dois olhos não fixem o mesmo ponto ou objeto ao mesmo tempo, ou seja, enquanto um dos olhos fixa um ponto, o outro está desviado, em outra direção.
A doença é também conhecida como desvio dos olhos, desvio ocular ou olho estrábico. Pode ocorrer de forma permanente ou aparecer em determinados momentos.
Sua intensidade varia do grau leve, sendo pouco percebida, ao mais acentuado, sendo bem notada.
A maioria dos bebês desvia levemente os olhos, pois os órgãos estão em desenvolvimento. Caso essa condição persista por um tempo, é recomendado consultar um oftalmologista pediátrico para analisar e identificar suas causas, que podem ser:
- Formação defeituosa ou anomalias oculares;
- Doenças que afetam o cérebro, como tumores, acidentes vasculares cerebrais (AVC), paralisia cerebral (isquemia), hidrocefalia, Síndrome de Down e de Duane, prematuridade, viroses e traumatismo craniano;
- Problemas vasculares (tromboses);
- Botulismo;
- Diabetes (estrabismo paralítico – vascular);
- Infecções, principalmente decorrentes de meningite e encefalite;
- Perda de visão (cegueira);
- Histórico familiar;
- Hipermetropia.
Sintomas do estrabismo infantil
A principal manifestação do estrabismo é o desvio ocular. Outros sintomas podem aparecer de uma forma permanente ou intermitente, dependendo da idade, do seu tipo e causas.
Por exemplo, nos primeiros anos de vida, não há referência ao sintoma primordial. A doença começa a se manifestar nas crianças, ficando mais evidente na fase adulta. Assim, temos:
- Diminuição da precisão visual de um olho, em relação ao outro (ambliopia);
- Dor de cabeça e torcicolo, já que a criança inclina a cabeça para enxergar melhor;
- Olhos cruzados, que não se alinham na mesma direção;
- Diplopia ou visão dupla;
- Perda de estereopsia ou perceção de profundidade;
Diagnóstico
Quando a criança desvia um olho, pisca muito, esfrega os olhos e ainda apresenta-os vermelhos e lacrimejantes com frequência, é recomendado levá-la para uma consulta médica.
O especialista realizará o teste do reflexo para avaliar se o foco de luz está centralizado nas duas pupilas. Em alguns casos, ele pode solicitar outros exames oftalmológicos, como de: acuidade visual, fundo de olho, oclusão e movimento ocular, para avaliar o tamanho do desvio e confirmar o diagnóstico.
Tratamento
Quanto antes se detectar a doença, as possibilidades de correção são maiores para a criança e para a família. Para que o tratamento de estrabismo infantil seja realmente eficiente, é fundamental um diagnóstico precoce.
É um erro acreditar que o estrabismo desaparece com o crescimento. Assim que o desvio ocular for notado nas crianças, elas devem ser encaminhadas para avaliação oftalmológica.
A doença pode ser tratada e corrigida em qualquer idade, mas os resultados são sempre melhores se seguidos à risca e iniciado precocemente. Depois dos sete anos de idade, as possibilidades de correção são mais lentas e menos efetivas.
Em bebês, é possível realizar tratamentos alternativos, como os exercícios musculares, com o uso de móbiles, objetos coloridos, brincadeiras de movimentos de vai-vem para forçar o cérebro a desenvolver os músculos dos dois olhos e recuperar o paralelismo.
Se a causa do estrabismo for uma anomalia visual, como hipermetropia, o problema é resolvido com a prescrição de óculos.
Quando for ambliopia, o oftalmologista utiliza o recurso de tapa olho para ocultar o olho saudável com um penso e estimular a visão do olho que está desalinhado.
Se o estrabismo tiver origem no desequilíbrio muscular, é indicado uma intervenção cirúrgica para corrigir os defeitos dos músculos do olho.
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